A professora Sandra estava fazendo a chamada, quando chegou ao Paulo César novamente não teve resposta, logo perguntou para os alunos se eles sabiam do Paulo César, Zé Sérgio respondeu que sabia só o que os outros vizinhos falavam, ele disse que o pai do Paulo César tinha perdido o emprego e só a mãe estava trabalhando e ganhando muito pouco. A professora comentou que o desemprego está acabando com a tranquilidade de muita gente.
No outro dia a professora percebeu a ausência de Paulo César e puxou o assunto novamente, perguntando como eles poderiam ajudar a família de Paulo César e logo surgiram muitas ideias eles sugeriram que cada um poderia ajudar com um pouco da mesada.
Uma aluna falou que não tinha mesada, a professora disse que não tinha problema e explicou sobre a mesada. Ela disse que quem não tem mesada vive à custa da família, quem não tem família vive à custa de instituições, e quem não vive nestas instituições vive na rua.
Os alunos se empolgaram com a mesada e começaram a planejar o que fariam com ela se fosse grande, a maioria só queria comprar, a professora explicou que é importante guardar um pouco e alguns doam uma parte.
Eles comentaram que consumindo você forma sua identidade. Os alunos perceberam que não da para comprar tudo o que quer, eles comentaram que nós sempre somos o alvo nas propagandas. Um dos alunos perguntou se eles tinham esquecido o Paulo César, a professora respondeu que conversariam no outro dia.
A professora conversou com a turma sobre as várias maneiras de economizar e controlar a saída de dinheiro, falaram sobre a administração dos governantes, que os serviços públicos são de nosso direito, pois é o nosso dinheiro que paga os servidores públicos.
Estava chegando o aniversário de Paulo César e eles resolveram dar um skate de presente, mas acharam supérfluo e acharam melhor dar algo necessário, resolveram dar uma cesta básica. Então um pai e três alunos foram levar a cesta e os bilhetes do ônibus. Paulo César ficou muito feliz e mandou um bilhete agradecendo a todos.
Autor do texto: Gabriel Vanderson Mattos
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